Turma S-12 - 1º Semestre de 2008 - Campus II - Santana
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Uma pequena contribuição de “Sustentabilidade”
Após a palestra sobre o tema da Sustentabilidade (quarta 25/Mai), refletimos os impactos que o martírio (ocorrido na véspera desta palestra) do casal agroextrativista José Claudio e Maria do Espírito Santo, em Marabá (PA). A defesa da área de 22 mil hectares de floresta na cidade de Nova Ipixuna e das 500 famílias vivem da coleta de castanhas e andiroba das árvores para produção de óleos e outros produtos, custou-lhes a vida, diante da exploração ilegal de interesses de madeireiros e carvoeiros.
Numa visão teológica “sustentável”, podemos caracterizar que este casal é um exemplo de “Cristãos Anônimos” que a constituição Lumen Gentium declara, santos que estão inscritos no coração de Deus por terem entregue suas vidas na luta pela manutenção da Vida e da Criação divina. Este casal se equipara aos que, sem conhecer a doutrina e a comunidade cristã, se assemelha aos santos de Deus por seguirem, coerentemente, o impulso que Deus colocou em seus corações, ao defender a Vida e toda a Obra da Criação do Senhor.
Na história, observamos movimentos pendulares, entre opressão e ditaduras centralizadoras constrastando com movimentos de maior liberdade e democracia. A sociedade, de um modo geral, parece estar voltando sua atenção aos valores fundamentais perdidos nos tempos do neoliberalismo:
a ética nos mais diversos aspectos da vida profissional, social e política; o valor do matrimônio e da família estruturadamente estável; o resgate de ações ascéticas e de condutas de castidade tradicional nas questões da sexualidade e afetividade; enfim, parece que muitos se cansaram de viverem sem um “sentido verdadeiro”, frustrados com a busca desenfreada por riqueza e poder, conforto e prazer. Parece que as pessoas estão se voltando ao lado mais espiritualizado de sua existência, muitos, a seu próprio modo; outros, regressando à Instituição religiosa em que foi iniciado, ou que melhor lhe influenciou.
Quando refletimos que “Deus perdoa, sempre; o Homem perdoa, em condições; mas a Natureza, não perdoa nunca!”, percebemos esta enorme responsabilidade que todos nós temos em relação à Obra da Criação de Deus. Somos parte dela, formamos um ciclo simbiótico fundamental, sem lhe ser inferiores ou superiores: dependemos mutuamente de equilíbrio para nos sustentar!
Nesta questão sustentável, cada dia mais, não podemos nos calar diante de uma pessoa que lava a calçada com mangueira, de lixo que são jogados sem separação, tanto quanto uma pessoa que é injustiçada ou que tem seus direitos defraudados por poderosos e opressores!
Que o Espírito Santo de Deus nos capacite no dom da sabedoria e da fortaleza para enfrentar estes (e tantos outros) desafios teológicos que a atualidade nos propõe!
Um abraço a todos!
Por Marcos Akira Saito (4º ano de Teologia)
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