domingo, 24 de janeiro de 2010

Vaticano Bento XVI pede intensa oração pela unidade dos cristãos

Vaticano Bento XVI pede intensa oração pela unidade dos cristãos


VATICANO, 20 Jan. 10 / 01:23 pm (ACI).- Na Audiência Geral desta quarta-feira, logo de abençoar uma estatua de Santa Rafaela Maria Porras y Ayllón, fundadora das Escravas do Sagrado Coração de Jesus, que foi colocada em um altar na parte posterior externa da Basílica Vaticana, o Papa Bento XVI pediu rezar e trabalhar intensamente pela unidade de todos os cristãos do mundo.

Referindo-se à Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos que está em andamento, o Santo Padre recordou que do tema proposto para este ano: “Vós sois testemunhas de todas estas coisas” surgem duas perguntas: Que são todas estas coisas? E Como podemos ser testemunhas de todas estas coisas? ” A resposta à primeira questão, indica o Papa, é “o mistério da Paixão e o dom da Ressurreição. Conhecendo a Cristo conhecemos o rosto de Deus; em Cristo, o Deus distante se faz próximo”.

Respeito à segunda pergunta, falou que “só podemos ser testemunhas de Cristo conhecendo a Cristo pessoalmente, encontrando-o realmente em nossas vidas de fé e assim podemos contribuir à novidade do mundo, à vida eterna”.

Bento XVI sublinhou logo que “o movimento ecumênico moderno se desenvolveu notavelmente, até converter-se no último século em um elemento importante na vida da Igreja. Não só favorece as relações fraternas entre as Igrejas e as Comunidades eclesiais respondendo ao mandamento do amor, senão que estimula também a investigação teológica. Além disso, implica a vida concretas das Igrejas e Comunidades eclesiais com temas que tocam a pastoral e a vida sacramental”.

“A partir do Concilio Vaticano II, a Igreja Católica estabeleceu relações fraternas com todas as Igrejas do Oriente e as Comunidades eclesiais do Ocidente, organizando com a maior parte delas diálogos teológicos bilaterais, que serviram para alcançar consensos sobre varias questões, aprofundando desta maneira os vínculos de comunhão. No ano que acaba de passar, os distintos diálogos obtiveram resultados positivos”.

Referindo-se em concreto ao “estudo de um tema crucial no diálogo entre católicos e ortodoxos: “O papel do bispo de Roma na comunhão da Igreja no primeiro milênio”, cuja discussão “se estendera ao segundo milênio”, o Santo Padre recordou que havia pedido orações aos católicos “por este diálogo delicado e essencial para todo pó movimento ecumênico”.

O Santo Padre mencionou, além disso, que “entre os eventos centrais, a comemoração do décimo aniversario da declaração conjunta sobre al doutrina da justificação” (31 de outubro de 2009), e “a visita a Roma do arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, que manteve conversas sobre a particular situação na que se encontra a Comunhão Anglicana. O compromisso comum de seguir o diálogo é um sinal positivo, que manifesta a intensidade do desejo da unidade, que vai más além de todos os problemas que se opõem”.

“O trabalho ecumênico não é um processo lineal; os problemas antigos nascidos em outra época perdem peso e no nosso contexto nascem novos problemas e dificuldades. Por isso, devemos estar sempre dispostos a um processo de purificação, no qual o Senhor nos faça capazes de estar unidos”, explicou o Papa.

Finalmente pediu “a oração de todos pela complexa realidade ecumênica, pela promoção do diálogo e para que os cristãos possam dar um novo testemunho comum de fidelidade a Cristo diante do nosso mundo”.