segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

o ocaso da eternidade e a nova evangelização

Padre Cantalamessa: o ocaso da eternidade e a nova evangelização
Pregador pontifício dá resposta cristã à secularização da morte
CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 10 de dezembro de 2010 (ZENIT.org) – Os tempos atuais caracterizam-se pela desconfiança e inclusive pelo ridicularização da ideia de que existe uma vida depois da morte e, no entanto, anunciar isso é precisamente uma das chaves da nova evangelização.
Foi o que afirmou o padre Raniero Cantalamessa, pregador da Casa Pontifícia, durante sua intervenção nesta sexta-feira, perante o Papa e a Cúria Romana, na Capela Redemptoris Mater.
Nesta segunda pregação do Advento, o padre Cantalamessa quis centrar-se no segundo dos três obstáculos que, em sua opinião, a nova evangelização tem de superar hoje, especialmente em países de antiga tradição cristã: cientificismo, secularismo e racionalismo.
O secularismo, como atitude contrária à fé, é sinônimo de temporalismo, “de redução do real somente à dimensão terrena”. É contrário justamente à fé cristã, que “triunfou sobre a ideia pagã de escuridão depois da morte”, algo pelo qual se convertera em novidade absoluta.
Como é possível que essa ideia tenha decaído? – questionou o pregador pontifício. “Ao contrário do momento atual, no qual o ateísmo é primariamente expresso na negação da existência de um Criador, no século XIX, ele se expressava na negação da vida após a morte”.
“Feuerbach e principalmente Marx combateram a crença na vida após a morte, sob o pretexto de que aliena o compromisso terreno. À ideia de uma sobrevivência pessoal em Deus, se substitui uma ideia de sobrevivência na espécie e na sociedade do futuro”, explicou.
O materialismo e o consumismo “completaram a obra nas sociedades opulentas, fazendo parecer inconveniente que se fale ainda de eternidade entre pessoas cultas e em sintonia com os tempos”.
“Tudo isso provocou claramente um retrocesso na fé dos crentes que, com o tempo, fez-se tímida e reticente sobre este ponto”, afirmou, acrescentando que “já não se prega” sobre a vida eterna.
A consequência disso é – afirmou – que o “desejo natural de viver sempre, distorcido, torna-se um desejo ou frenesi de viver bem, ou seja, agradavelmente, mesmo que às custas dos outros, se necessário”.
“Perdido o horizonte da eternidade, o sofrimento humano parece dupla e irremediavelmente absurdo”, afirmou.
Diante disso, a resposta mais eficaz “não é combater o erro contrário, mas fazer brilhar novamente diante dos homens a certeza da vida eterna, confiando na força intrínseca que possui a verdade quando é acompanhada pelo testemunho de vida”, explicou.
O desejo de eternidade é “o desejo mais profundo, ainda que reprimido, do coração humano”. A única resposta válida para este problema “é aquela baseada na fé na encarnação de Deus”.
“Há perguntas que os homens não deixam de fazer desde que o mundo é mundo e os homens de hoje não são exceção: Quem somos nós? De onde viemos? Para onde vamos”.
A fé renovada na eternidade não nos serve “somente para evangelizar, isto é, para o anúncio aos outros, precisamos dela, mesmo antes, para dar um novo impulso à nossa caminhada rumo à santidade”.
“O enfraquecimento da ideia de eternidade atinge também os crentes, diminuindo neles a capacidade de enfrentar com coragem o sofrimento e as provas da vida”, afirmou o padre Cantalamessa

sábado, 6 de novembro de 2010






As Semanas Teológicas têm como objetivo principal o debate de temas atuais que se relacionam com o universo teológico. Já inseridas no calendário acadêmico da Faculdade, elas priorizam um momento de reflexão de toda a comunidade acadêmica. É um espaço privilegiado onde o encontro entre todo o corpo discente e docente possibilita não só discussões, mas um maior aprofundamento dos temas sugeridos. Neste ano, seguindo a mobilização de toda a Igreja em São Paulo em torno ao Congresso de Leigos, escolhemos por tema a TEOLOGIA DO LAICATO.

Vejam as fotos do evento em nosso album de fotos:
http://picasaweb.google.com/fome.fruto.da.injustica/

sábado, 21 de agosto de 2010

Esperanças bíblicas - Rádio 9 de Julho

O Prof. Mathias está fazendo um programa na rádio 9 de julho de 2º a 6º feiras, chamado Esperanças bíblicas.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

quarta-feira, 12 de maio de 2010

SOS - Comunidade Advento

Caríssimos,
Vamos dar uma força para a comunidade do nosso irmão Alvimar. Por menor que seja o valor, de grão e grão o celeiro ficará abarrotado de grãos.

Clique no link abaixo:
http://comunidadeadvento.com.br/newsite/?p=542#

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Muito mais que pedofilia

Muito mais que pedofilia
POR CARDEAL ODILO PEDRO SCHERER

As notícias sobre pedofilia, envolvendo membros do clero, difundiram-se de modo insistente. Tristes fatos, infelizmente, existiram no passado e existem no presente; não preciso discorrer sobre as cenas escabrosas de Arapiraca… A Igreja vive dias difíceis, em que aparece exposto o seu lado humano mais frágil e necessitado de conversão. De Jesus aprendemos: “Ai daqueles que escandalizam um desses pequeninos!” E de São Paulo ouvimos: “Não foi isso que aprendestes de Cristo”.
As palavras dirigidas pelo papa Bento XVI aos católicos da Irlanda servem também para os católicos do Brasil e de qualquer outro país, especialmente aquelas dirigidas às vítimas de abusos e aos seus abusadores. Dizer que é lamentável, deplorável, vergonhoso, é pouco! Em nenhum catecismo, livro de orientação religiosa, moral ou comportamental da Igreja isso jamais foi aprovado ou ensinado! Além do dano causado às vítimas, é imenso o dano à própria Igreja.
O mundo tem razão de esperar da Igreja notícias melhores: Dos padres, religiosos e de todos os cristãos, conforme a recomendação de Jesus a seus discípulos: “Brilhe a vossa luz diante dos homens, para que eles, vendo vossas boas obras, glorifiquem o Pai que está nos céus!” Inútil, divagar com teorias doutas sobre as influências da mentalidade moral permissiva sobre os comportamentos individuais, até em ambientes eclesiásticos; talvez conseguiríamos compreender melhor por que as coisas acontecem, mas ainda nada teríamos mudado.
Há quem logo tem a solução, sempre pronta à espera de aplicação: É só acabar com o celibato dos padres, que tudo se resolve! Ora, será que o problema tem a ver somente com celibatários? E ficaria bem jogar nos braços da mulher um homem com taras desenfreadas, que também para os casados fazem desonra? Mulher nenhuma merece isso! E ninguém creia que esse seja um problema somente de padres: A maioria absoluta dos abusos sexuais de crianças acontece debaixo do teto familiar e no círculo do parentesco. O problema é bem mais amplo!
Ouso recordar algo que pode escandalizar a alguns até mais que a própria pedofilia: É preciso valorizar novamente os mandamentos da Lei de Deus, que recomendam atitudes e comportamentos castos, de acordo com o próprio estado de vida. Não me refiro a tabus ou repressões “castradoras”, mas apenas a comportamentos dignos e respeitosos em relação à sexualidade. Tanto em relação aos outros, como a si próprio. Que outra solução teríamos? Talvez o vale tudo e o “libera geral”, aceitando e até recomendando como “normais” comportamentos aberrantes e inomináveis, como esses que agora se condenam?
As notícias tristes desses dias ajudarão a Igreja a se purificar e a ficar muito mais atenta à formação do seu clero. Esta orientação foi dada há mais tempo pelo papa Bento XVI, quando ainda era Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. Por isso mesmo, considero inaceitável e injusto que se pretenda agora responsabilizar pessoalmente o papa pelo que acontece. Além de ser ridículo e fora da realidade, é uma forma oportunista de jogar no descrédito toda a Igreja católica. Deve responder pelos seus atos perante Deus e a sociedade quem os praticou. Como disse São Paulo: Examine-se cada um a si mesmo. E quem estiver de pé, cuide para não cair!
A Igreja é como um grande corpo; quando um membro está doente, todo o corpo sofre. O bom é que os membros sadios, graças a Deus, são a imensa maioria! Também do clero! Por isso, ela será capaz de se refazer dos seus males, para dedicar o melhor de suas energias à Boa Notícia: para confortar os doentes, visitar os presos nas cadeias, dar atenção aos abandonados nas ruas e debaixo dos viadutos; para ser solidária com os pobres das periferias urbanas, das favelas e cortiços; ela continuará ao lado dos drogados e das vítimas do comércio de morte, dos aidéticos e de todo tipo de chagados; e continuará a acolher nos Cotolengos criaturas rejeitadas pelos “controles de qualidade” estéticos aplicados ao ser humano; a suscitar pessoas, como Dom Luciano e Dra. Zilda Arns, para dedicarem a vida ao cuidado de crianças e adolescentes em situação de risco; e, a exemplo de Madre Teresa de Calcutá, ainda irá recolher nos lixões pessoas caídas e rejeitadas, para lavar suas feridas e permitir-lhes morrer com dignidade, sobre um lençol limpo, cercadas de carinho. Continuará a mover milhares de iniciativas de solidariedade em momentos de catástrofes, como no Haiti; a estar com os índios e camponeses desprotegidos, mesmo quando também seus padres e freiras acabam assassinados.
E continuará a clamar por justiça social, a denunciar o egoísmo que se fecha às necessidades do próximo; ainda defenderá a dignidade do ser humano contra toda forma de desrespeito e agressão; e não deixará de afirmar que o aborto intencional é um ato imoral, como o assassinato, a matança nas guerras, os atentados e genocídios. E sempre anunciará que a dignidade humana também requer comportamentos dignos e conformes à natureza, também na esfera sexual; e que a Lei de Deus não foi abolida, pois está gravada de maneira indelével na coração e na consciência de cada um.
Mas ela o fará com toda humildade, falando em primeiro lugar para si mesma, bem sabendo que é santa pelo Santo que a habita, e pecadora em cada um de seus membros; todos são chamados à conversão constante e à santidade de vida. Não falará a partir de seus próprios méritos, consciente de trazer um tesouro em vasos de barro; mas, consciente também de que, apesar do barro, o tesouro é precioso; e quer compartilhá-lo com toda a humanidade. Esta é sua fraqueza e sua grandeza!
Cardeal Odilo Pedro Scherer é Arcebispo da Arquidiocese de São Paulo/SP.
Fonte: Artigo publicado em O ESTADO DE SÃO PAULO, ed. 11. 04.2010.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

MADRI, 2010-04-06 (ACI) .- O poeta, escritor, colunista e ensaísta judeu Jon Juaristi, publicou no domingo de Ressurreição um artigo no jornal espanhol ABC no qual assinala que "não é necessário ser católico" para ver aonde aponta a campanha da mídia contra o Papa Bento XVI e a Igreja, que só procura vender e tirar os católicos da esfera pública.

Confraternização da Páscoa - Todas as turmas de Teologia do Campus II

Brothers,
As fotos da confraternização da Páscoa estão no Album de Teologia que está na seção Links. Vejam la embaixo.

Novo Boletim Eletrônico

Confira nova edição do Boletim Eletrônico. A participação neste número é de José Roberto Vido. Participe publicando seu comentário. E nas próximas edições envie seu texto teológico para que seja também publicado, afinal é um exercício salutar para o aprendizado. Boa leitura!







segunda-feira, 22 de março de 2010

Calendário de Provas e Trabalhos - 1º Sem 2010

Calendário de Provas e Trabalhos
1º semestre 2010

Matérias Provas Trabalhos
História da Filosofia Contemporânea 19/04 – 2ª feira a definir esquema
Moral Social sem definição de data até 20/05 – 5ª feira*
Teologia da Trindade I 01/06 – 3ª feira sem definição de data
Deus e Criação 08/06 – 3ª feira 01/06 – 3ª feira*
Filosofia Política sem definição de data não determinou
História da Igreja (catolicismo) na América Latina 09/06 – 4ª feira 09/06 – 4ª feira*
Moral Fundamental II sem definição de data o quanto antes*
Virtudes sem definição de data não determinou
Profetas 11/06 – 6ª feira o quanto antes*
Sinóticos I 11/06 – 6ª feira de 16/04 a 18/06 grupos*



*sobre um dos documentos sociais da Igreja
*temas destacados na ementa para escolha
*resenha sobre um texto que trata da matéria (a confirmar)
*livro O Pecado: do descrédito ao aprofundamento
*escolher um tema relacionado com os Profetas
*cada grupo escolhe um tema relacionado com o Evangelho de Marcos


Provas marcadas para o mesmo dia.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Vaticano Bento XVI pede intensa oração pela unidade dos cristãos

Vaticano Bento XVI pede intensa oração pela unidade dos cristãos


VATICANO, 20 Jan. 10 / 01:23 pm (ACI).- Na Audiência Geral desta quarta-feira, logo de abençoar uma estatua de Santa Rafaela Maria Porras y Ayllón, fundadora das Escravas do Sagrado Coração de Jesus, que foi colocada em um altar na parte posterior externa da Basílica Vaticana, o Papa Bento XVI pediu rezar e trabalhar intensamente pela unidade de todos os cristãos do mundo.

Referindo-se à Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos que está em andamento, o Santo Padre recordou que do tema proposto para este ano: “Vós sois testemunhas de todas estas coisas” surgem duas perguntas: Que são todas estas coisas? E Como podemos ser testemunhas de todas estas coisas? ” A resposta à primeira questão, indica o Papa, é “o mistério da Paixão e o dom da Ressurreição. Conhecendo a Cristo conhecemos o rosto de Deus; em Cristo, o Deus distante se faz próximo”.

Respeito à segunda pergunta, falou que “só podemos ser testemunhas de Cristo conhecendo a Cristo pessoalmente, encontrando-o realmente em nossas vidas de fé e assim podemos contribuir à novidade do mundo, à vida eterna”.

Bento XVI sublinhou logo que “o movimento ecumênico moderno se desenvolveu notavelmente, até converter-se no último século em um elemento importante na vida da Igreja. Não só favorece as relações fraternas entre as Igrejas e as Comunidades eclesiais respondendo ao mandamento do amor, senão que estimula também a investigação teológica. Além disso, implica a vida concretas das Igrejas e Comunidades eclesiais com temas que tocam a pastoral e a vida sacramental”.

“A partir do Concilio Vaticano II, a Igreja Católica estabeleceu relações fraternas com todas as Igrejas do Oriente e as Comunidades eclesiais do Ocidente, organizando com a maior parte delas diálogos teológicos bilaterais, que serviram para alcançar consensos sobre varias questões, aprofundando desta maneira os vínculos de comunhão. No ano que acaba de passar, os distintos diálogos obtiveram resultados positivos”.

Referindo-se em concreto ao “estudo de um tema crucial no diálogo entre católicos e ortodoxos: “O papel do bispo de Roma na comunhão da Igreja no primeiro milênio”, cuja discussão “se estendera ao segundo milênio”, o Santo Padre recordou que havia pedido orações aos católicos “por este diálogo delicado e essencial para todo pó movimento ecumênico”.

O Santo Padre mencionou, além disso, que “entre os eventos centrais, a comemoração do décimo aniversario da declaração conjunta sobre al doutrina da justificação” (31 de outubro de 2009), e “a visita a Roma do arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, que manteve conversas sobre a particular situação na que se encontra a Comunhão Anglicana. O compromisso comum de seguir o diálogo é um sinal positivo, que manifesta a intensidade do desejo da unidade, que vai más além de todos os problemas que se opõem”.

“O trabalho ecumênico não é um processo lineal; os problemas antigos nascidos em outra época perdem peso e no nosso contexto nascem novos problemas e dificuldades. Por isso, devemos estar sempre dispostos a um processo de purificação, no qual o Senhor nos faça capazes de estar unidos”, explicou o Papa.

Finalmente pediu “a oração de todos pela complexa realidade ecumênica, pela promoção do diálogo e para que os cristãos possam dar um novo testemunho comum de fidelidade a Cristo diante do nosso mundo”.